WASHINGTON DC, 7 de nov de 2020 às 07:00
Os eleitores do estado de Washington (Estados Unidos) aprovaram uma medida eleitoral que exigirá uma “educação sexual integral” nas escolas públicas, apesar da objeção dos bispos católicos locais.
Quase 60% dos eleitores de Washington aprovaram a medida.
Os bispos católicos em Washington disseram que a medida promovia um programa educacional prejudicial aos jovens e contrário às verdades da dignidade e sexualidade humana e da formação parental das crianças.
A proposta "não aborda adequadamente os complexos problemas morais associadas à sexualidade humana nem discute adequadamente o sexo no contexto do casamento", disse a Conferência Católica do Estado de Washington. Seus requisitos sobre o ensino do consentimento, por exemplo, não abordam a ideia de que a atividade sexual deve ocorrer apenas entre cônjuges casados.
O Escritório do Superintendente de Instrução Pública disse que os distritos escolares públicos poderiam escolher entre uma variedade de currículos de educação sexual completa e planos de estudos complementares.
O gabinete do superintendente estatal disse que é apropriado que os alunos do quarto ano do ensino fundamental aprendam a definir a orientação sexual e a identidade de gênero. As séries posteriores aprenderiam sobre relacionamentos saudáveis, consentimento, crescimento do desenvolvimento, as funções dos sistemas reprodutivos, como prevenir gravidez indesejada e DSTs. Do mesmo modo, supõe-se que devem compreender as influências da família, dos companheiros, da comunidade e dos meios de comunicação nas relações sexuais estáveis.
No entanto, os bispos de Washington discordaram.
A conferência dos bispos argumentou que "os conselhos escolares eleitos localmente não podem determinar completamente suas próprias políticas nesta área sensível". Explicou que, embora os distritos escolares tenham permissão para criar seu próprio currículo com base nos padrões de saúde do estado de 2005, o mandato de educação sexual não está financiado e, portanto, os distritos escolares são mais propensos a confiar no currículo estadual existente que criar o seu próprio sem financiamento.
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A conferência católica advertiu que essa educação sexual pode ter um efeito no ambiente escolar em geral.
“Os pais podem excluir seus filhos da instrução em sala de aula, mas não podem excluí-los das discussões no pátio da escola e da mudança cultural que pode ocorrer na escola como resultado da (educação integral em saúde sexual)”, advertiu.
Os bispos citaram o documento Gaudium et Spes do Concílio Vaticano II, que enfatiza a necessidade de salvaguardar o direito dos pais de "educar seus filhos no seio da família".
Publicado originalmente em CNA.
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— ACI Digital (@acidigital) November 5, 2020